maio 21 2015

A etiqueta de utilidade do negócio

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A etiqueta de utilidade do negócio

Algumas organizações manifestam comportamentos avulsos ou desvios de foco que não condizem com o propósito que declaram. Uma editora forense que diz ser especializada em publicações jurídicas publicar livro de introdução a finanças é uma manifestação desse tipo. As organizações tendem a querer ser tudo para todos, embora muitas reconheçam que isso as levará mais adiante a ser nada para ninguém, pela dificuldade de dizer não a oportunidades imediatas de negócio. A negativa de negócio resulta em perda de realização de receita e quando há metas financeiras de curto prazo a serem alcançadas é preferível o imediatismo mesmo tendo de conviver com frustrações de longo prazo.

Organizações, produtos e serviços precisam ser reconhecidos por poucos atributos. A mente humana tende a simplificar as informações e agrupá-las em prateleiras etiquetadas como em um supermercado. Cada item da prateleira possui alguma utilidade que está descrita na etiqueta. Enviar encomendas ou correspondências está associado a agências dos correios e depositar ou sacar dinheiro a agências bancárias ou caixas eletrônicos. Agências dos correios podem eventualmente atuar como agências bancárias, mas isso não tem conexão com o propósito original (de enviar encomendas ou correspondências) descaracterizando a etiqueta de utilidade na mente dos clientes e o foco de atuação dos colaboradores. Isso não ocorre quando os negócios estão bem caracterizados e operam dentro de um ecossistema. É o caso de postos de gasolina que possuem restaurantes. A utilidade de cada um está devidamente etiquetada na mente das pessoas que não confundem posto com restaurante, apenas sabem que estão associados por conveniência. Se querem beber ou comer algo vão ao restaurante, não pedem ao frentista, se querem completar o tanque de combustível não pedem ao garçom. Cada negócio deixa claro seu propósito: o posto em prover uma experiência de abastecimento e o restaurante em prover uma experiência gastronômica. Embora funcionem em conjunto, não faz sentido criar um propósito combinado para ambos se a visão dos clientes é separada.

Quando não há firmeza de propósito organizacional:

  • Os clientes perdem a etiqueta de definição do negócio e não compreendem a relação que existe entre produtos e/ou serviços oferecidos
  • A organização faz qualquer negócio para não perder uma boa oportunidade de receita
  • Na perspectiva do cliente, a organização faz coisas que não têm sentido
  • O propósito organizacional está associado a objetivos de negócio, tais como liderança de mercado e preocupação com reputação.Não está errado ter como objetivo ser o número um ou ser o melhor, mas isso não explica o porquê de existir da organização.

A falta de firmeza de propósito pode estar conectada a uma fraca convicção sobre o retrato do futuro. Para que as pessoas fixem uma mensagem ou ideia, ela deve ser simples, compacta, com um conteúdo concreto e que possa ser compreendida com os sentidos. Abstrações dificultam o entendimento e para fixar uma mensagem ou ideia, é necessário ter credibilidade e apelo emocional despertando interesse das pessoas, inspirando-as e levando-as a se identificar com o propósito.

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Jose Davi Furlan

© José Davi Furlan

21/05/2015

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maio 14 2015

Brasil 2015 e BPM

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O cenário político-econômico atual está se tornando cada vez mais emblemático para a disciplina de Gestão POR Processos (BPM).

Esse é um momento essencial para utilizar BPM na identificação de problemas em processos organizacionais e tratar corretamente de:

1- Redução de custos

2- Melhoria da capacidade produtiva

3- Correta alocação de recursos humanos e financeiros

4- Eliminação de desperdícios

5- Melhoria da qualidade de produtos e serviços

Você sabe como alcançar esses resultados?

Eu vou te ajudar.

O Curso de Formação de Analistas de Processos (CFAP) está totalmente “sintonizado” com o momento atual do nosso país.

É meu compromisso te ajudar a produzir diagnósticos de processos capazes de revolucionar organizações e seus resultados.

Sendo assim, fica aqui o meu convite para a próxima turma desse aclamado treinamento (+ de 1800 alunos nos últimos anos).

Nos dias 10, 11 e 12 de junho estarei em Salvador – BA para ministrar o CFAP Módulo 1 – Análise e Diagnóstico de Processos.

Ainda temos algumas vagas restantes, portanto, aproveite.

Para detalhes do programa e reserva de vagas, clique neste link:

http://www.gartcapote.com/1–cfap-mod-1.html

Compartilhe esta informação com seus colegas.  Ajude a mudar a realidade com ações eficazes.

Cadastre seu e-mail no site www.gartcapote.com Ouça o programa BPM Podcasts e fique sempre atualizado sobre o mundo da Gestão Por Processos.

Acesse o link e baixe gratuitamente o material “BPM em 10 Passos”: http://www.gartcapote.com/uploads/6/0/5/3/6053387/bpm_em_10_passos.pdf

Este PDF e outros são enviados para as pessoas que se cadastram na página.

 

 

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maio 13 2015

Entregando o que se promete

Entregando o que se promete

O conceito de alinhar processos da organização com sua razão de existir e onde quer chegar pode parecer simples em teoria, mas não na prática. Pode-se otimizar processos de negócio até a exaustão, mas o risco de desconexão aumenta se não houver uma forma efetiva de implementá-los e de compreender como realmente executam. Muitas organizações têm ganhado prêmios de qualidade ao mesmo tempo em que flertam com a falência por focarem questões erradas, vítimas da lacuna existente entre propósito declarado e o que os colaboradores realmente fazem. Para realizar seu propósito, organizações precisam estabelecer processos que apresentem capacidades condizentes de entrega. O propósito pode estar bem compreendido, porém mal-implementado.

Processos adquirem vida quando atuam em conjunto com regras, pessoas e tecnologias em linha com o propósito organizacional para entregar o que se promete e habilitar a organização rumo ao retrato do futuro. Bons resultados estão relacionados a processos otimizados, regras consistentes, pessoas preparadas e tecnologia apropriada. O problema reside na complexidade que normalmente existe e acaba gerando mensagens conflitantes sobre o que é esperado, diluindo ou distorcendo o foco. Seres humanos facilmente se desviam do curso e perdem o foco com maior tendência a distorcer a realidade do que mudá-la. Essa distorção pode ocorrer como forma de demonstrar poder ou influência, mas também como resultado do medo para escapar de uma realidade que parece adversa, por omissão para ocultar aspectos relevantes ou por erro de interpretação de fatos. É preciso estabelecer claramente o que é importante, o que tem valor e o que deve ser feito para evitar versões da realidade e acabar refém de seus atores e atitudes.

Pessoas e regras afetam diretamente os resultados de processos. A teoria da expectativa sustenta que as pessoas são motivadas pela promessa de recompensas futuras, portanto o sistema de recompensa afeta diretamente a motivação. Se a regra diz que telefonemas de clientes devem ser atendidos no segundo toque e a solicitação deve ser trabalhada até que o cliente esteja plenamente satisfeito, mas uma métrica associada que gera recompensa dos atendentes considera que um bom desempenho é atender dez chamadas por hora, como será possível conciliar qualidade (satisfação do cliente) com quantidade (número de chamadas)? Se a recompensa é pelo atendimento de dez chamadas por hora, é isso que importará aos atendentes e não a satisfação de clientes – as organizações obtêm de seus colaboradores o comportamento que recompensam. É frequente gestores declararem que valorizam o trabalho em equipe, mas recompensam o esforço individual; que valorizam a inovação, mas punem o fracasso; que valorizam os colaboradores, mas mantém o risco constante de demissão.

Os colaboradores conhecem a diferença entre o que é dito ser importante e o que é medido e recompensado, então o alinhamento de processos com o propósito passa necessariamente pela recompensa de se trabalhar na direção certa. Não significa que terão de vestir uma camisa de força e seguir como autômatos sem criatividade e ideias, mas que seus talentos e decisões do dia a dia estarão direcionados de maneira consistente para o mesmo retrato do futuro.

© José Davi Furlan

11/05/2015

Redigida por

Jose Davi Furlan

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maio 06 2015

Modelos de maturidade de Processos

Modelo de Maturidade de Processo

Um modelo de maturidade em processos pode fornecer a direção necessária para definir e construir um plano de mudança de processos. Esse plano irá mostrar o que a organização precisa alcançar para avançar para o próximo nível de maturidade. Isso determina as iniciativas e recursos que serão necessários e ajuda a definir expectativas sobre a medição de processos. Se uma organização não compreende o processo, não poderá enxergá-lo de forma interfuncional, sendo possível apenas medir isoladamente o desempenho de áreas funcionais. Isso impacta na medição de desempenho, monitoramento de qualidade, custo, resolução de problema, entre outros. Para ajudar gestores e líderes a compreender essa jornada, pode ser necessário o uso de um modelo formal e aceito de maturidade em processos. Modelos desenvolvidos e customizados internamente podem não ser tão consistentes como os modelos reconhecidos de mercado. (CBOK V3)

O modelo de Maturidade de Processos de Negócio de mercado que tomaremos como base aqui será o Business Process Maturity Model (BPMM) mantido pelo OBJECT MANAGEMENT GROUP, INC (OMG) com algumas adaptações. Esse modelo utiliza uma visão de Gestão de Processos de Negócio dentro do ciclo de vida de um processo que parte de sua descoberta e segue até sua implementação. De modo a tornar a instituição apta à implantação de uma solução tecnológica de gerenciamento de processos.

O BPMM é um modelo conceitual de avaliação da maturidade das práticas relacionadas à gestão de processos. Implementar a gestão por processos depende de ações concretas que devem ser tomadas a partir da identificação do grau de autoconhecimento da organização. A escala de maturidade é semelhante ao modelo de maturidade de processos do CMMI Institute (http://cmmiinstitute.com/) e é aplicável para desenvolvimento de produtos (incluindo software), prestação de serviços e aquisição. A conquista de cada um deles depende das ações de transformação dos processos, do ambiente e da cultura de cada instituição. A ideia seria avaliar a maturidade atual da organização ou do área de atuação e traçar planos para elevar esta maturidade tendo como foco os objetivos que deseja alcançar.

 

Níveis de Maturidade

O modelo proposto encontra-se dividido em cinco níveis de maturidade. Cada um de seus níveis representa a maneira como a organização é transformada na medida em que seus processos e capacidades são aperfeiçoados.

Nível 1 – Inicial

A organização tipicamente não fornece um ambiente estável para desenvolvimento de processos. Quando uma organização não dispõe de práticas de gestão bem estabelecidas, os benefícios das boas práticas de desenvolvimento de produtos ou serviços são minados pelo planejamento ineficiente e por sistemas onde os compromissos são sempre reativos, ou seja, uma reação a algum acontecimento não planejado. Os processos são executados de maneira ad-hoc, o gerenciamento não é consistente e é difícil prever os resultados.

As atividades básicas são geralmente executadas, mas falta rigor no planejamento e na execução. O desempenho das atividades pode ser confuso, imprevisível e inconsistente e resultar em: produtos de baixa qualidade, incertezas quanto aos prazos de entrega e estouro dos orçamentos de custos. O desempenho depende de habilidades e dedicação individuais (heróis e bombeiros). A organização no Nível 1 de maturidade não irá fazer nenhuma iniciativa, ou terá tentativas de BPM muito descoordenadas e desestruturadas.

Algumas características do Nível 1 de maturidade:

  1. Abordagens pontuais;
  2. Esforços individuais (TI ou negócios);
  3. Variadas abordagens metodológicas, ferramentas e técnicas não consolidadas;
  4. Escopo limitado de iniciativas de BPM;
  5. Mínimo envolvimento de colaboradores;
  6. Baixa dependência em expertise externa de BPM;
  7. Alto nível de intervenção manual e prática de ‘apagar incêndios’.

Nível 2 – Gerenciado (repetitivo)

Todos os projetos da organização asseguram que os requerimentos, produtos e serviços são gerenciados e que os processos são planejados, executados, medidos e controlados. O status dos produtos e serviços são visíveis para a gerência em pontos específicos. A disciplina de processo ajuda a assegurar que as práticas existentes são mantidas durante os momentos de crise, com os projetos executados e gerenciados conforme os planos documentados. Compromissos são estabelecidos entre as partes interessadas (stakeholders) conforme a necessidade, sendo os produtos revistos por estes, para validação do atendimento de seus requerimentos, padrões e objetivos.

A gestão equilibra os esforços nas unidades de trabalho, garantindo que sejam executados de modo que se possa repetir o procedimento e satisfazer os compromissos primários dos grupos de trabalho. No entanto, outras unidades de trabalho que executam tarefas similares podem usar diferentes procedimentos.

A organização com maturidade de BPM no Nível 2 terá progredido passando pelas primeiras experiências de BPM e começará a construir a capacidade de BPM aumentando o número de pessoas que avaliam a organização sob a perspectiva de processos.

Características do Nível 2 de maturidade:

  1. Primeiros processos documentados;
  2. Reconhecimento da importância de BPM;
  3. Aumento do envolvimento de executivos e da alta administração;
  4. Um propósito principal para explorar BPM;
  5. Uso extenso de processos de modelagem simples com repositórios simples;
  6. Primeiras tentativas com metodologias estruturadas e padrões comuns;
  7. Dependência crescente de expertise externa;
  8. Produtos conforme padrões e requisitos especificados;
  9. A execução dos principais processos é planejada, gerenciada e caminha progressivamente para processos bem estruturados;
  10. Os resultados destes processos são previsíveis;
  11. Subprocessos e atividades podem não ser bem definidas;
  12. A relação entre processos específicos e macro-processos não é bem definida.

Nível 3 – Padronizado (Definidos)

Os processos são bem caracterizados e compreendidos, sendo descritos conforme padrões, procedimentos, ferramentas e métodos. Os processos padrão de desenvolvimento e manutenção em toda a organização são documentados, incluindo padrões de gestão, sendo que esses processos são integrados em um todo coerente.

O conjunto de processos padrão, utilizados para estabelecer consistência ao longo de todos os processos são bem caracterizados e compreendidos, sendo descritos conforme padrões, procedimentos, ferramentas e métodos. Eles são utilizados para estabelecer consistência ao longo de toda a organização, são estabelecidos e melhorados ao longo do tempo. A gerência da organização estabelece objetivos de processo baseados neste conjunto de processos padrão e assegura-se que esses objetivos são seguidos de forma apropriada. Um programa de treinamento é implementado para garantir que o pessoal e os gerentes tenham os conhecimentos e as habilidades requeridas para cumprir os papéis a eles designados.

Os processos padrões são consolidados com base nas melhores práticas identificadas pelos grupos de trabalho, e procedimentos de adaptação são oferecidos para suportar diferentes necessidades do negócio. Os processos padronizados propiciam uma economia de escala e base para o aprendizado através de meios comuns e experiências.

A organização com maturidade de BPM no Nível 3 terá progredido passando pelas primeiras experiências de BPM e começará a construir a capacidade de BPM e aumentar o número de pessoas que avaliam a organização sob a perspectiva de processos.

Características do Nível 3 de maturidade:

  1. Foco no gerenciamento das fases iniciais do estilo de vida do processo;
  2. Uso de ferramentas elaboradas (por exemplo, modelagem dinâmica, base de aplicativos, usuários múltiplos e variados);
  3. Combinação de diferentes métodos de gerenciamento de processos e ferramentas (por exemplo, redesenho de processos, gerenciamento de workflow, processos baseados em gerenciamento de riscos)
  4. Maior utilização de tecnologia de entrega e comunicação de BPM (por exemplo, disponibilização dos processos desenhados na intranet).
  5. Treinamento de BPM abrangente e formal;
  6. Menor dependência de expertise externa.
  7. As atividades básicas são desempenhadas segundo um processo bem definido, seguindo padrões adotados por toda a organização.
  8. Subprocessos e atividades são definidos.
  9. Relações entre processos e macro-processos são definidas.
  10. Início do uso de medições para ajudar no gerenciamento de processos.

 Nível 4 – Previsível (Quantitativamente Gerenciado)

As capacidades habilitadas pelos processos padronizados são exploradas e devolvidas às unidades de trabalho. O desempenho dos processos é gerenciado estatisticamente durante a execução de todo o workflow, entendendo e controlando a variação, de forma que os resultados dos processos sejam previstos ainda em estados intermediários.

A organização, além de estabelecer metas quantitativas de qualidade para os produtos e performance de processos, utiliza os mesmos como critério de gerenciamento: os objetivos quantitativos são baseados nas necessidades dos clientes, usuários finais, implementadores de processo e a própria organização como um todo. A produtividade e a qualidade são medidas para as atividades importantes do processo gerenciamento em todos os projetos, como parte de um programa organizacional de medidas, com os processos instrumentalizados com medições consistentes e bem definidas. Essas medições estabelecem a fundamentação para avaliar os processos e os produtos do projeto.

Os projetos conseguem o controle sobre seus produtos e processos reduzindo a variação no desempenho dos seus processos, para cair em limites quantitativos aceitáveis, compreendidos em termos estatísticos e gerenciados ao longo de toda a vida dos processos. Os riscos envolvidos na introdução de um novo domínio de aplicação são conhecidos e cuidadosamente gerenciados.

A organização com maturidade de BPM no Nível 4 irá aproveitar os benefícios de ter BPM fortemente enraizado na estratégia de melhoria da organização.

Características do Nível 4 de maturidade:

  1. Centro de Excelência de Gerenciamento de Processos estabilizado que mantém os padrões;
  2. Exploração de métodos de controle e tecnologias nos processos de negócio;
  3. Fusão das perspectivas de TI e do negócio em gerenciamento de processos (por exemplo, gerenciamento de workflow, e custeio baseado em atividade);
  4. Processo formal de gerenciamento de posições;
  5. Métodos e tecnologias amplamente aceitos;
  6. Efeitos integrados de gerenciamento de processos;
  7. Orientação por processos como componente mandatório;
  8. Continuação e consolidação das iniciativas de processo;
  9. Mínima dependência de apoio externo;
  10. A organização está focada no gerenciamento de processos.
  11. Medições de desempenho detalhadas são coletadas e analisadas.
  12. Conhecimento da capacidade do processo;
  13. Boa margem de acerto nas previsões de desempenho;
  14. Mais objetividade no gerenciamento do desempenho;
  15. A qualidade do produto é quantificada.

A principal diferença em relação ao Nível 3 é que, neste nível, o desempenho do processo é quantitativamente conhecido e controlado.

Nível 5 – Otimizado

Ações de melhorias proativas e oportunistas buscam inovações que possam fechar os gaps entre a capacidade atual da organização e a capacidade requerida para alcançar seus objetivos de negócio.

A organização inteira está focada na melhoria contínua da performance de processo, tanto por melhoria incremental (contínua) como por inovações tecnológicas. Objetivos mensuráveis de melhoria de processos são estabelecidos, continuamente revisados para refletir mudanças nos objetivos de negócio e utilizados como critério na melhoria do processo de gerenciamento. Os dados sobre a efetividade dos processos são usados para realizar análises de custo benefício das novas tecnologias e das mudanças propostas.

Lições aprendidas são disseminadas para outros projetos e há otimização de processos velozes e inovativos depende da participação e empowerment da força de trabalho, alinhada com os objetivos e valores da organização e seus negócios. Melhoria de processos passa a ser parte da atividade de todos, levando a um ciclo de melhoria contínua.

A organização com maturidade de BPM no Nível 5 irá aproveitar os benefícios de ter BPM fortemente implantado como uma importante parte tanto do gerenciamento estratégico quanto do operacional.

Características do Nível 5 de maturidade:

  1. Gestão de processos são parte das atividades gerenciais, das responsabilidades e das medições de performance;
  2. Ampla aceitação e utilização de métodos e tecnologias padronizados;
  3. Ampla abordagem organizacional para a gestão de processos;
  4. Gerenciamento de ciclos de vida de processos estabelecido;
  5. Redução do tamanho do Centro de Excelência de Gerenciamento de Processos na medida que a gestão por processos se torna uma simples forma de como o negócio é gerido;
  6. Metas de desempenho baseadas nos objetivos do negócio são quantitativamente estabelecidas;
  7. Medições sistemáticas para fornecer feedback sobre o desempenho do processo e orientar as ações de melhoria e inovação;

A principal diferença em relação ao Nível 4 é que, neste nível, há uma permanente ação de melhoria e refinamento de métodos, orientada para os objetivos estratégicos da organização;

A avaliação da maturidade

Cada um dos níveis de maturidade (1 a 5) é composto por áreas de processos que habilitam a capacidade respectiva de cada nível.  Cada um destes níveis é composto por uma coleção de melhores práticas integradas, as quais dizem o que deve ser feito de forma genérica, mas não de que forma deve ser feito por não tratar de uma área específica do negócio. A ideia é que posteriormente sejam estabelecidos métodos e abordagens mais adequados para satisfazer as metas e objetivos de cada área de negócio específica.

pdca-matuiridade

A maturidade é representada por um grupo de atributos que descritos em forma dos resultados esperados para a gestão de processo. Essa maturidade pode se obter o grau de refinamento e institucionalização da gestão de processo. Segue aqui um link (Ferramenta de Identificação de Maturidade de Processos) para um exemplo de questionário de avaliação de maturidade. O mesmo deve ser adaptado e customizado para cada realidade organizacional levando em considerações os níveis que foram adotados e os objetivos e benefícios que se pretende alcançar em cada nível.

A recomendação é que a avaliação da maturidade seja feita em oficinas estruturadas sob a responsabilidade do Escritório de Processos ou área equivalente. Nessas oficinas serão nivelados os conceitos sobre processo e a semântica do questionário de avaliação de maturidade. Os resultados dos questionários serão utilizados para um plano de capacitação e evolução do grau de maturidade.

Referências

  1. Business Process Maturity Model (BPMM) mantido pelo OBJECT MANAGEMENT GROUP, INC (OMG) ;
  2. CMMI (Capability Maturity Model Integration), mantido por SEI (Software Engineering Institute)
  3. (2009). BPM CBOK – Guia para o Gerenciamento de Processos de Negócio Corpo Comum de Conhecimento (Versão 2.0 ed.). ABPMP.
  4. (2013). BPM CBOK – Guia para o Gerenciamento de Processos de Negócio Corpo Comum de Conhecimento (Versão 3.0). ABPMP.
  5. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. (2009). GesPública – Guia “d” Simplificação; Guia de Gestão de Processos de Governo; e – Guia de Gestão de Processos

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maio 05 2015

Vagas de emprego em TI

Vaga

A busca por profissionais qualificados em tecnologia pode ser uma tarefa árdua. Para um profissional de TI achar um melhor posicionamento no mercado de trabalho em um seguimento especializado também não é fácil. Para tentar facilitar esta comunicação e aproximar quem procura de quem está procurando, de forma livre e gratuita, foram criados grupos com o objetivo de interligar recrutadores e profissionais.

Dentre os vários existentes destacamos:

1) Gestores de Projetos em Brasília (número de membros: mais de 1.300)

“(…) O GP_BRASÍLIA é formado por lideranças e formadores de opinião em TI. Objetivos: 1) Divulgar vagas para gestores, coordenadores, profissionais em TI e áreas co-relacionadas. 2) Divulgar eventos e cursos para tomadores de decisão em Tecnologia. 3) Fornecer informações de valor para gestores em TI.(…)”

Cadastre-se em: https://groups.google.com/forum/#!forum/gp_brasilia

2) Leonardo TI (número de membros: mais de 5.000)

“(…) Este trabalho, iniciado no ano de 2010, tem como propósito, de forma voluntária e indireta, divulgar processos seletivos de Empresas de TI, para que Profissionais e Estudantes possam tomar conhecimento e se candidatar, conforme seus interesses. Além disso, realizamos um trabalho de disseminação de informações sobre carreira, comportamento, tecnologia, cursos e eventos da área de TI, entre outros. (…)”

Cadastre-se em: https://groups.google.com/forum/#!forum/leonardoti

3) ClubInfoBsb (número de membros: mais de 6.000)

“(…) Nossa missão é divulgar vagas, eventos, cursos, palestras etc, ou seja, tudo o que for voltado para a área de TI. Espero que esta iniciativa agregue valor à sua carreira profissional e que você também possa contribuir significativamente para a melhoria de todos os associados do grupo. (…)”

Cadastre-se em: https://groups.google.com/forum/#!forum/clubinfobsb

 

Para este e outros segmentos, de forma mais ampla e genérica, veja a página http://emprego.bgnweb.com.br/ que contei uma seleção de ofertas de vagas, cursos, estágios, notícias sobre concursos, etc. em Brasília e entorno.

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