jun 03 2014
Brincadeiras no trabalho, é bom ou ruim?
Você e Gestão :: Jefferson Campos :: 20/09
Você é daqueles que logo consegue um bom apelido para qualquer pessoa?
Se sim, imagino que você quando viu o anúncio dessa postagem foi correndo clicar para ler, ou foi recomendado por alguém que já diagnosticou
que você sofre de dependência crônica de brincadeira no trabalho e deseja te ajudar.
A outra opção que fica [sem que eu precise ter poderes sobrenaturais para descobrir], é que você deve ser uma pessoa do tipo que no trabalho
assume uma postura totalmente oposta do que você se mostra em outros lugares, e que não suporta qualquer tipo de brincadeira entre colegas
de trabalho. Se esta é a opção que você se encaixa, essa postagem também é para você! E se alguém recomendou essa página para você, não pense
que tenha sido brincadeira, pois o assunto a ser tratado aqui é muito sério.
Todos nós sabemos que o bom humor no ambiente de trabalho é um dos mais importantes atributos do profissional de sucesso nos dias de hoje,
pois ajuda na construção de um clima organizacional harmonioso e produtivo ao desenvolver um ambiente de trabalho descontraído, leve e divertido
favorecendo a criatividade e a inovação.
Mas quantos de nós já passamos por situações difíceis quando envolvemos brincadeiras no ambiente de trabalho?
Pela experiência, não tão grande, que já tive ao desenvolver minha vida profissional passando por três organizações diferentes pude perceber que essa
questão envolve mais homens que mulheres no sentido de quantidade e intensidade de brincadeiras, porém quando se trata de mulheres o assunto se
torna mais sério quando consideramos os resultados negativos que uma brincadeira pode causar devido a maior possibilidade de se tornar ofensas e
constrangimentos devido à sensibilidade dos sentimentos femininos (em sua maioria, mas não totalidade como regra). Mas para os homens, as brincadeiras
é algo quase que inerente ao trabalho.
Quando tratamos de brincadeiras, o problema não está em sua existência, pelo contrário, nas brincadeiras está a oportunidade de transformação e crescimento de
uma organização baseada na boa convivência entre seus colaboradores, mas o problema está em como esta brincadeira está se desenvolvendo.
Se a brincadeira se desenvolve baseada em ofensas pessoais, agressões físicas ou verbais, menosprezo dos resultados dos colegas ou algo semelhante, faz-se
necessário pensar se vale a pena permitir as brincadeiras.
Uma dica que pode ser muito útil é que você deve conhecer bem a pessoa com quem você está brincando, digo conhecer no sentido de saber se ela é do tipo que
gosta ou não de brincadeiras. Mas se isso é difícil para você, vale a antiga regra da boa convivência: “Se me zoou, eu também posso zoar!”, ou como é mais falado
aqui no Nordeste: “Se mexeu comigo, é porque posso mexer também.”
Quanto aos apelidos, considero o uso deles como uma prática muito positiva, pois é uma forma de tornar evidente quais áreas de cada um estão bem ajustadas
ou necessitam de ajustes.
Por exemplo, uma pessoa que tem grande capacidade de convencimento em vendas pode ser apelidada como “Seu Crêisson” que no Casseta e Planeta,
programa extinto da Rede Globo, conseguia mostrar como era importante o uso de produtos que não serviam para nada. Dessa forma, a pessoa recebeu um
apelido, e um elogio subentendido que tem um forte poder de persuasão.
Outro exemplo que posso trazer é de uma pessoa que só sabe trabalhar cantando, e recebe um apelido de algum cantor que está ligado às músicas que ela
sempre tem cantado. Esse apelido serve como um alerta sobre sua atitude no trabalho, e talvez ajude-o a perceber algo que para você seja normal, mas não seja
adequado para um ambiente composto de muitas pessoas.
Mas ainda repito: Sou a favor do uso de apelidos em qualquer grupo de pessoas que não haja desrespeito e liberdade para esse tipo de intimidade, mas nunca
serei quando envolver questões externas à relação de trabalho, focando assim em características pessoais.
Fonte: http://voceegestao.blogspot.com.br/2012/09/brincadeirasnotrabalho.html/